O bilionário Mark Zuckerberg jura que o metaverso é o futuro, a ponto de renomear sua empresa por causa da tendência. O professor da Escola de Comunicações e Artes da USP (Universidade de São Paulo) Luli Radfahrer acha que é tudo uma grande bobagem. Ninguém vai lembrar de metaverso daqui a seis meses. Enquanto isso, pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná), coordenados pelo professor Márcio Catapan, tentam responder o que quase todo mundo quer saber: o que isso muda na vida e no cotidiano das pessoas?
Antes do hype, o laboratório de Catapan já tinha comprado seis unidades do Oculus Quest com o intuito de testar suas aplicações práticas no mercado de trabalho. Agora, devidamente equipados, os pesquisadores se reúnem semanalmente em um metaverso criado na plataforma Horizon Worlds da Meta — ex-Facebook — de Zuckerberg.
Deslumbramentos à parte, será que vale a pena usar toda essa parafernália cara em vez de simplesmente abrir uma videoconferência no Zoom? Segundo os pesquisadores da UFPR, o grande trunfo do formato tem a ver com a eficiência que eles têm notado: dados preliminares indicam que uma reunião no metaverso poderia ser até 4 vezes mais produtiva que uma reunião presencial. Quando comparada às reuniões por videoconferência, a do metaverso poderia ser até 10 vezes melhor. “Reuniões que levariam uma hora estão sendo concluídas em questão de 15 minutos, porque estamos muito mais concentrados”, explica Catapan.
Sob a edição de Olivia Fraga, com informações de Marcio Catapan, Pablo Valle, Anderson Donato e Lucas Gregory, da UFPR. Fotografia por Theo Marques.