Múltiplos conhecimentos podem ser forma de contornar automatismo “preconceituoso” dos algoritmos
Não foram nem um, nem dois especialistas que me deram a dica: a tecnologia da automação funciona buscando por padrões e executando funções que atendem a esses padrões esperados. E, por isso, um processo automatizado sem a supervisão de um ser humano, com senso crítico e visão de contexto, pode se tornar sim muito enviesado e até preconceituoso.
Por isso, garantir a diversidade dos times atuando no desenvolvimento de novas tecnologias é tão importante: como frisou o Fjord Trends Report, da consultoria Accenture, se não prestarmos a devida atenção, existe sim a chance de que o viés dos algoritmos nos leve a tratar as pessoas de forma injusta.
Além da diversidade dos times, um conhecimento multidisciplinar de quem se envolve com os desenvolvimentos das novas tecnologias permite não apenas que as inovações avancem a passos mais largos – como é o caso da impressão 4D – mas que os desenvolvimentos tecnológicos se tornem mais éticos e relevantes.
Essa temática foi meu pontapé inicial para produzir essa matéria para o UOL Tab – que trouxe a visão de Gustavo Abreu, líder de inclusão e diversidade da Fjord; Carlota Boto, professora de Filosofia da Educação na USP (Universidade de São Paulo); o desenvolvedor mexicano Jesus Ramos; a pioneira em impressão 4D Lining Yao; a diretora de talentos da consultoria Willis Towers Watson, Glaucy Bocci; Anderson Mendes, diretor da consultoria BRQ e especialista em metodologias ágeis; Priscila Torres, diretora da escola multidisciplinar Concept; e Marjo Kyllönen, secretária de educação da cidade de Helsinque, na Finlândia.