Pago por clique: Promessa de trabalho remoto se transformou em servidão contemporânea – UOL Tab

Na ânsia de automatizar processos, a indústria da tecnologia criou uma série de trabalhos precários. Seres humanos perdem horas completando tarefas que as inteligências artificiais ainda não executam. Especialistas correm para analisar o impacto social e psíquico dessas mudanças.
Jacqueline Lafloufa

A promessa de trabalho remoto da era digital se transformou em uma servidão contemporânea.

Nos prometeram que, com mais automação e mais tecnologia, íamos trabalhar menos. A verdade, no entanto, é que nunca trabalhamos tanto. E, por vezes, os trabalhos estão cada vez mais precários e com menos seguridade para os trabalhadores. 

Foi isso que eu descobri ao conversar com diversos acadêmicos, estudiosos e pesquisadoras para escrever essa matéria especial para o UOL Tab.

Um texto dolorido de redigir, mas que é muito importante para evitar que cheguemos a viver na distopia de Years and Years. O alívio cômico-reflexivo ficou por conta da arte do sensacional André Dahmer.

Além da arte provocativa de André Dahmer, que acompanho desde os Malvados, também destaco a edição sintética e certeira de Olívia Fraga.

Obrigada à todas as fontes que auxiliaram na produção dessa reportagem especial: o curador da Digilabour e professor da Unisinos Rafael Grohmann; Mary Gray, autora de Ghost Work; o sociólogo e professor da UNICAMP Ricardo Antunes;  o advogado André Zipperer; o pesquisador Bruno Moreschi (da USP); Thatiana Cappelano, da consultoria de comunicação organizacional 4CO; Rodrigo Carelli, professor de Direito do Trabalho na UFRJ e procurador do Ministério Público do Trabalho; e Mark Graham, professor do Instituto Internet da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e líder da Fundação Fair Work