Reparou que a vida urbana anda bem ruidosa? Virou questão de saúde pública, mas como achar o silêncio?
Apenas algumas semanas depois de sair do interior (mais precisamente a Capital do Vale, São José dos Campos, a 90km de SP) e me mudar para a Zona Oeste de SP, reparei que os barulhos eram ensurdecedores. Era o trem, a ré do caminhão, o helicóptero passando pela minha janela, o som dos vizinhos. O que acontecia nesta cidade que tudo fazia barulho?
Durante a minha jornada em busca de silêncio, descobri algumas alternativas bem baratinhas – como protetores auriculares – e outras bem mais salgadas, como fones com tecnologia noise canceling (que são uma maravilha, mas custam caríssimo) e até mesmo câmaras de flutuação com privação sensorial, onde eu podia experimentar uma longa hora de paz e silêncio.
Dessa jornada, saiu a ideia para essa pauta especial no UOL Tilt, sobre os barulhos da contemporaneidade e as formas como a tecnologia pode nos ajudar a buscar momentos de mais quietude.
As artes são de Guilherme Zamarioli e a edição é de Fabiana Uchinaka.
Obrigada à todas as fontes que auxiliaram na produção dessa reportagem especial: a fonaudióloga especialista em ruídos em ambientes laborais Andrea Petian; Dra. Mara Gandara, médica responsável pelo ambulatório de saúde auditiva do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP); a otorrinolaringologista Mariana Hausen Pinna, do grupo de surdez do Hispital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); Joice Coletti, jornalista e analista de comunicação; Krisdany Cavalcante, coordenador da Comissão de Estudos Especiais de Acústica da ABNT; o professor José Roberto de França Arruda, do Laboratório de Vibroacústica da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); André Mendes, gerente de produtos de áudio da Sony; Marcelo Morais, da loja online Dorminhoco; Tobias Nold, da Flutuar; e a monja budista Miao You, do Templo Zu Lai.