Digital Para Crianças: como os pais e mães podem cuidar para garantir a segurança do acesso à web

Palestra

Digital para Crianças

Nosso cotidiano é rodeado de telas, e pode ser difícil manter as crianças afastadas desses gadgets e equipamentos tecnológicos que usamos no dia a dia. Do celular ao tablet, da TV conectada ao vídeo no YouTube, os pequenos rapidinho se adaptam à usar a tecnologia para se entreter. Essa página é um resumo rápido de algumas atitudes que pais e mães podem tomar para aumentar o controle parental do uso de tecnologia.

Photo by McKaela Taylor on Unsplash

Como incentivar o uso de saudável de internet das crianças

Muitas pessoas buscam por uma tabela ou uma receita de bolo sobre o que fazer com relação ao uso de internet pelas crianças. Quem busca por esse tipo de receita encontra uma fórmula na Sociedade Brasileira de Pediatria, que sugere no seu Manual de Orientação sobre uso de telas para crianças e adolescentes, entre outras recomendações, que os pais e responsáveis

– Evitem a exposição de crianças menores de 2 anos às telas se não houver necessidade real;

– Limitem o acesso a telas para crianças entre 2 e 5 anos para no máximo 1 hora por dia, com supervisão dos pais ou responsáveis;

– Limitem o acesso a telas para crianças entre 6 e 10 anos em 1 a 2 horas por dia, sempre com supervisão dos pais ou responsáveis;

– Adolescentes entre 11 e 18 anos devem passar no máximo 3 horas por dia com telas, e não devem ser autorizados a “virar a noite jogando”;

– Para todas as idades, nada de telas durante as refeições;

– Para todas as idades: desconectar 1 a 2 horas antes de dormir.

Todas as recomendações podem ser encontradas no Manual, que está disponível online neste link.

No entanto, os estudos sobre o impacto do uso do celular entre os pequenos ainda são considerados por muitos como inconclusivos, e por isso existem muitas variações nas recomendações. No Reino Unido, por exemplo, o Royal College of Paediatrics and Child Health (Colégio Real de Pediatria e Saúde Infantil, em tradução livre) faz recomendações mais amplas e flexíveis, que sugerem que os pais passem a refletirem sobre quatro perguntas:

1 – Há um controle do uso de telas?

2 – O uso de telas interfere ou interrompe as atividades da família?

3 – A presença das telas está afetando o sono das crianças?

4 – Dá pra controlar a comida das crianças enquanto usam telas?

Menos culpabilizantes e menos restritivas, as provocações britânicas sugerem que, caso os pais estejam satisfeitos com as respostas, o uso de telas está dentro do considerado “uso saudável”. As recomendações britânicas podem ser encontradas neste link.

Quais os riscos de um uso sem cuidados

Apesar de destacados pela Sociedade Brasileira de Pediatria como riscos associados ao uso descontrolado de internet e de telas por crianças, parte desses efeitos também podem ser encontrados nos adultos quando há um uso excessivo de telas, conforme apurei em uma matéria de capa para a revista Galileu em 2019 – veja a capa neste link.

Em geral, uma das principais preocupações em relação às crianças reside no vício (dependência) do uso de telas e de redes sociais. Outros problemas de saúde física e mental incluem problemas visuais, auditivos, posturais, sedentarismo, ansiedade, depressão, transtornos de déficit de atenção e hiperatividade e transtornos do sono.
 

 

Principais passos para ensinar as crianças a usar tecnologia e internet de forma saudável

      

Converse

Converse no nível de entendimento da criança, cuidando para explicar os benefícios da internet e das telas a que ela tem acesso (como smartphone, tablets ou TVs conectadas) e explique os limites estabelecidos pela sua família.

Supervisione

Acompanhe o que as crianças estão fazendo nos dispositivos conectados e nas telinhas. O uso supervisionado oferecer informações aos responsáveis e abre oportunidade para explicar sobre o uso saudável da tecnologia.

Monitore

Aplicativos e ferramentas com a funcionalidade de controle parental permitem monitorar e estabelecer limites para o uso de tecnologia pelas crianças. Confira abaixo algumas sugestões de apps e ferramentas

Apps e ferramentas para monitorar o uso de celular e internet para crianças

Chamada de controle parental, esse tipo de funcionalidade permite que pais e mães possam monitorar, controlar e orientar o acesso e o uso de tecnologia pelos seus filhos. Conseguir monitorar e controlar o uso de telas pelas crianças que estão sob a sua responsabilidade ajuda tanto a desenvolver um entendimento do tipo de busca que as crianças estão fazendo online quanto a limitar o uso por meio de ferramentas automatizadas, que “suspendem” o funcionamento do equipamento em caso de acesso a sites bloqueados e/ou desligamento das funções do tablet ou smartphone após um determinado período.

Aplicativos para monitoramento

Diversos aplicativos dedicados podem apoiar no controle de uso de internet e de telas pelas crianças. Confira abaixo links para serviços como Qustocio, NetNanny e Family Link (da Google)

Antivírus com controle parental

Alguns antivírus conhecidos, como Kaspersky, Norton e McAfee, também oferecem ferramentas específicas para o controle de acesso à internet pelas crianças, o que pode ser uma opção.

Roteadores com controle de acesso

Capazes de organizar o acesso à internet, alguns roteadores podem oferecer controle parental. Marcas como Linksys, Intelbras e TP-Link oferecem a opção. Confira o manual do seu equipamento.

Controle em redes sociais e streamings

Redes sociais costumam limitar o acesso apenas para crianças acima dos 13 anos. Algumas redes (YouTube) e streamings (Netflix) também desenvolveram versões Kids, com mais controles e restrições.

Controle Parental no Android

Em smartphones ou tablets Android, é possível usar o próprio sistema para controlar o uso e o acesso à tela. O App Family Link também permite algumas opções adicionais.

Controle Parental no iPhone / iPad

O iOS, sistema operacional usado pelos smartphones e tablets da Apple, também permite o controle dos pais sobre o uso da tela pelos seus filhos.

SAIBA MAIS

Leituras recomendadas

Uma reportagem especial que construi para o UOL TAB abordou o risco do excesso de compartilhamento de dados na internet. Sem a devida supervisão, as crianças e adolescentes podem inadvertidamente compartilhar dados e acabar se colocando em risco.

Nessa capa da Galileu, abordei os riscos do vício em telas. A matéria explica tanto os riscos para adultos quanto algumas das recomendações para detectar o uso exagerado.

Reconhecidas instituições brasileiras como CERT, NIC e CGI também criaram um Guia para a Internet Segura, que apoia a decisão de pais e mães no controle do uso da internet pelos pequenos.

Jacqueline Lafloufa

Transmitir conhecimento, pra mim, significa empacotar o que descobri e aprendi de um jeito que encante e interesse a audiência. Com mais de 10 anos de experiência no jornalismo de ciência e tecnologia e há mais de 5 anos como palestrante, tenho propriedade para abordar temas da cultura e do ambiente digital com leveza e cuidado.

Minha intenção é fazer com que o conhecimento possa empoderar as pessoas a tomarem as melhores decisões possíveis com os recursos a que tem acesso, ampliando a capacidade de cada um transformar sua realidade a partir de uma informação nova.

Além de palestras, também faço mediação de conversas, debates e rodas de entrevistas.

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